Necessidades Emocionais Básicas das Crianças
Muitos adultos com problemas emocionais graves, como os chamados transtornos de personalidade, foram crianças com temperamentos difíceis ou vulnerabilidade emocional que não tiveram suas necessidades emocionais adequadamente identificadas, validadas e atendidas na infância. Dentro desse contexto, torna-se importante educar a população sobre o conceito de necessidades emocionais básicas de todas as crianças. Além de ajudar os pais de maneira geral, isso também pode ajudar pais de crianças com “temperamento difícil” ou “vulnerabilidade emocional” a manterem o foco para ajudarem seus filhos.
O que são crianças com vulnerabilidade emocional?
São crianças que, mesmo em situações de desconforto aparentemente pequeno, apresentam emoções de grande intensidade e que demoram para “voltar ao normal”. Elas simplesmente nascem com esse temperamento, que algo determinado pela genética. As crianças que nascem com esse tipo de temperamento representam um desafio para muitos pais. Embora as necessidade emocionais básicas das crianças sejam intuitivamente conhecidas pela maioria das pessoas, vale a pena identificá-las, pois as crianças com vulnerabilidade emocional apresentam as mesmas necessidades, porém exigem mais disponibilidade e paciência. Nesse caso, os pais precisam de ajuda para manter o foco no tipo de amor e atenção que precisarão dispensar a seus filhos
Muitos adultos com transtornos de personalidade, isto é, com muitas dificuldades de relacionamento e de controle das próprias emoções, foram crianças com temperamento difícil (vulnerabilidade emocional), que não conseguiram ter suas necessidades emocionais adequadamente atendidas. Nessas situações, mesmo sem perceber, os pais podem acabar por aumentar ainda mais essa vulnerabilidade emocional, contribuindo para o surgimento de problemas emocionais na vida adulta.
As 5 principais necessidades emocionais universais das crianças e algumas maneiras de satisfazer adequadamente essas necessidades:
Necessidade 01: Necessidade de desenvolver um apego seguro com a figura dos pais ou cuidadores. O apego da criança é um vínculo que já vem determinado pela genética e pelos circuitos cerebrais desenvolvidos na gestação. O apego seguro vai depender da forma e estilo em que os pais oferecem segurança, estabilidade e previsibilidade nos cuidados com o bebê. Além disso, deve haver um nível ótimo de afeto e acalento. É quando os pais colocam as necessidades das crianças em primeiro lugar de maneira segura e moldada ao temperamento daquela criança.
Quando atendida de forma satisfatória, esse vínculo faz com que a criança se sinta amada e aceita e fornece um nível alto de proteção contra transtornos mentais graves na vida adulta, porque esse apego seguro estabelece os alicerces, um verdadeiro mapa mental para todas os nossos futuros relacionamentos. Dependendo da forma como esses vínculos iniciais acontecem, vamos desenvolver a forma enxergar e nos relacionar com as outras pessoas. Problemas nessa área podem predispor a medo de abandono e rejeição, desconfiança excessiva, etc.
Necessidade 02: Desenvolver capacidade de expressar espontaneamente suas emoções, para conseguir controlá-las. Os pais devem ser capazes de reconhecer e agir em sintonia com as necessidades e emoções da criança. Quando conseguem fazer isso bem, a criança se torna capaz de expressar sentimentos espontâneamente e os pais conseguem lidar com as emoções de seus filhos sem demonstrar raiva e descontentamento excessivo muito frequentemente. Para ajudar os filhos com essas necessidades os pais precisam evitar expectativas exigentes de como deveria ser o temperamento do bebê ou da criança e aceitar a forma ela reage, tentando acolher suas reações emocionais. É como se os pais dissessem para criança que entenderam porque elas estão reagindo daquela forma e que, além de tentar resolver o problema, vão ajudar a controlar o desconforto das emoções negativas que a criança experimenta. Isso não é feito só compalavras, mas principalmente por meio de gestos e atitudes. A mãe e a criança estão bem sintonizados uma com o outra, através do olhar, a mãe está atenta ao que o bebê quer lhe “dizer”. Dessa forma o cérebro do bebê vai entendendo quem ele é e formando uma imagem positiva de si mesmo.
Quando essa necessidade é bem atendida, as crianças tem maiores condições de virem a controlar e regular melhor suas emoções ( capacidade de regulação emocional). As crianças passam a confiar na sua própria capacidade de lidar com emoções negativas.
Necessidade 03: Conseguir brincar livremente, de forma espontânea. As brincadeiras são fundamentais para para o desenvolvimento cerebral das crianças, principalmente as brincadeiras não-estruturadas. Muitas crianças hoje em dia estão sobrecarregadas com atividades extra-curriculares, como esportes e jogos muito cheios de regras e organização. As brincadeiras não-estruturadas permitem que a criança assuma o controle. Os pais observam com curiosidade o que a criança está fazendo, podem fazer comentários, podem dizer como estão percebendo as emoções da criança, mas permitem que as crianças assumam “a liderança”. A espontaneidade no brincar é uma ferramenta crítica para desenvolver o hemisfério direito do cérebro, que está relacionado com habilidades visou-espaciais ( se localizar bem no espaço, ter uma boa percepção e agilidade visual), bem como com a criatividade. Essas brincadeiras também ajudam a desenvolver a capacidade de se relacionar socialmente com reciprocidade, levando em conta as necessidades do outro. Quando os pais deixam criança brincar espontaneamente sem querer ditar regras, eles estão também dizendo para seus filhos que eles são importantes que o que eles fazem é interessante. Os pais que fazem isso bem, geralmente vão apenas acompanhando e comentando o que as crianças estão fazendo, ensinam as crianças a não serem tão críticas consigo mesmas e com os outros, a serem mais tolerantes e que há várias formas de fazer coisas e estar no mundo.
Necessidade 04: Desenvolver um senso de autonomia e independência. É preciso encorajar a criança a explorar o mundo e descobrir seus potenciais; a se sentir capaz de superar seus limites. É importante conseguir experimentar um pouco de medo e perigo. Deve haver um equilíbrio para não ser nem negligente, nem superprotetor. Ambas as atitudes prejudicam o senso de autonomia e independência e pode predispor a transtornos de ansiedade e falta de resiliência na vida adulta. Encorajar independência e o prazer de fazer e terminar suas tarefas é uma parte importante do crescimento e da resiliência, que é a capacidade de lidar com as adversidades da vida.
Necessidade 05: Regras e limites apropriados fornecem uma base sólida para a formação de uma imagem realista de si mesmo, o seja, da própria identidade, além de desenvolver a capacidade de lidar com a complexidade do mundo e sua diversidade de pessoas. Limites protegem as crianças de se tornarem arrogantes e desrespeitosas. Nesse processo, é importante estabelecer princípios e comportamentos aceitáveis, mas a ideia não é envergonhar a criança ou puní-la. Regras e limites devem sempre estar a serviço das próprias crianças, e não da intolerância dos pais. Eles servem para guiar as crianças para desenvolver seus próprios princípios éticos. Trata-se muito mais do que ajudar a criança a distinguir o certo e o errado, mas de entender e respeitar os limites e necessidades do outro. Atualmente percebe-se que as crianças anseiam por limites que possam guiá-las e deixa-las seguras. As regras também não dever ser tão rígidas, a ponto de as crianças priorizarem regras em detrimento de colaboração e crescimento.
Problemas que observamos em adultos com vulnerabilidade emocional ou traumas e que não tiveram essas necessidades adequadamente atendidas: personalidade Dependente (não faz nada sozinho), Obsessiva (cheio de regras), Narcisista (acha que é o cnetro do universo), Histriônico (é o centro das atenções), Borderlline (caldeirão de emoções), Esquizóide (se isola do mundo), Anti-Social (o mundo é dos espertos), Paranóide ( todos querem me prejudicar), etc.
Muitos adultos com problemas emocionais graves, como os chamados transtornos de personalidade, foram crianças com temperamentos difíceis ou vulnerabilidade emocional que não tiveram suas necessidades emocionais adequadamente identificadas, validadas e atendidas na infância. Dentro desse contexto, torna-se importante educar a população sobre o conceito de necessidades emocionais básicas de todas as crianças. Além de ajudar os pais de maneira geral, isso também pode ajudar pais de crianças com “temperamento difícil” ou “vulnerabilidade emocional” a manterem o foco para ajudarem seus filhos.
O que são crianças com vulnerabilidade emocional?
São crianças que, mesmo em situações de desconforto aparentemente pequeno, apresentam emoções de grande intensidade e que demoram para “voltar ao normal”. Elas simplesmente nascem com esse temperamento, que algo determinado pela genética. As crianças que nascem com esse tipo de temperamento representam um desafio para muitos pais. Embora as necessidade emocionais básicas das crianças sejam intuitivamente conhecidas pela maioria das pessoas, vale a pena identificá-las, pois as crianças com vulnerabilidade emocional apresentam as mesmas necessidades, porém exigem mais disponibilidade e paciência. Nesse caso, os pais precisam de ajuda para manter o foco no tipo de amor e atenção que precisarão dispensar a seus filhos
Muitos adultos com transtornos de personalidade, isto é, com muitas dificuldades de relacionamento e de controle das próprias emoções, foram crianças com temperamento difícil (vulnerabilidade emocional), que não conseguiram ter suas necessidades emocionais adequadamente atendidas. Nessas situações, mesmo sem perceber, os pais podem acabar por aumentar ainda mais essa vulnerabilidade emocional, contribuindo para o surgimento de problemas emocionais na vida adulta.
As 5 principais necessidades emocionais universais das crianças e algumas maneiras de satisfazer adequadamente essas necessidades:
Necessidade 01: Necessidade de desenvolver um apego seguro com a figura dos pais ou cuidadores. O apego da criança é um vínculo que já vem determinado pela genética e pelos circuitos cerebrais desenvolvidos na gestação. O apego seguro vai depender da forma e estilo em que os pais oferecem segurança, estabilidade e previsibilidade nos cuidados com o bebê. Além disso, deve haver um nível ótimo de afeto e acalento. É quando os pais colocam as necessidades das crianças em primeiro lugar de maneira segura e moldada ao temperamento daquela criança.
Quando atendida de forma satisfatória, esse vínculo faz com que a criança se sinta amada e aceita e fornece um nível alto de proteção contra transtornos mentais graves na vida adulta, porque esse apego seguro estabelece os alicerces, um verdadeiro mapa mental para todas os nossos futuros relacionamentos. Dependendo da forma como esses vínculos iniciais acontecem, vamos desenvolver a forma enxergar e nos relacionar com as outras pessoas. Problemas nessa área podem predispor a medo de abandono e rejeição, desconfiança excessiva, etc.
Necessidade 02: Desenvolver capacidade de expressar espontaneamente suas emoções, para conseguir controlá-las. Os pais devem ser capazes de reconhecer e agir em sintonia com as necessidades e emoções da criança. Quando conseguem fazer isso bem, a criança se torna capaz de expressar sentimentos espontâneamente e os pais conseguem lidar com as emoções de seus filhos sem demonstrar raiva e descontentamento excessivo muito frequentemente. Para ajudar os filhos com essas necessidades os pais precisam evitar expectativas exigentes de como deveria ser o temperamento do bebê ou da criança e aceitar a forma ela reage, tentando acolher suas reações emocionais. É como se os pais dissessem para criança que entenderam porque elas estão reagindo daquela forma e que, além de tentar resolver o problema, vão ajudar a controlar o desconforto das emoções negativas que a criança experimenta. Isso não é feito só compalavras, mas principalmente por meio de gestos e atitudes. A mãe e a criança estão bem sintonizados uma com o outra, através do olhar, a mãe está atenta ao que o bebê quer lhe “dizer”. Dessa forma o cérebro do bebê vai entendendo quem ele é e formando uma imagem positiva de si mesmo.
Quando essa necessidade é bem atendida, as crianças tem maiores condições de virem a controlar e regular melhor suas emoções ( capacidade de regulação emocional). As crianças passam a confiar na sua própria capacidade de lidar com emoções negativas.
Necessidade 03: Conseguir brincar livremente, de forma espontânea. As brincadeiras são fundamentais para para o desenvolvimento cerebral das crianças, principalmente as brincadeiras não-estruturadas. Muitas crianças hoje em dia estão sobrecarregadas com atividades extra-curriculares, como esportes e jogos muito cheios de regras e organização. As brincadeiras não-estruturadas permitem que a criança assuma o controle. Os pais observam com curiosidade o que a criança está fazendo, podem fazer comentários, podem dizer como estão percebendo as emoções da criança, mas permitem que as crianças assumam “a liderança”. A espontaneidade no brincar é uma ferramenta crítica para desenvolver o hemisfério direito do cérebro, que está relacionado com habilidades visou-espaciais ( se localizar bem no espaço, ter uma boa percepção e agilidade visual), bem como com a criatividade. Essas brincadeiras também ajudam a desenvolver a capacidade de se relacionar socialmente com reciprocidade, levando em conta as necessidades do outro. Quando os pais deixam criança brincar espontaneamente sem querer ditar regras, eles estão também dizendo para seus filhos que eles são importantes que o que eles fazem é interessante. Os pais que fazem isso bem, geralmente vão apenas acompanhando e comentando o que as crianças estão fazendo, ensinam as crianças a não serem tão críticas consigo mesmas e com os outros, a serem mais tolerantes e que há várias formas de fazer coisas e estar no mundo.
Necessidade 04: Desenvolver um senso de autonomia e independência. É preciso encorajar a criança a explorar o mundo e descobrir seus potenciais; a se sentir capaz de superar seus limites. É importante conseguir experimentar um pouco de medo e perigo. Deve haver um equilíbrio para não ser nem negligente, nem superprotetor. Ambas as atitudes prejudicam o senso de autonomia e independência e pode predispor a transtornos de ansiedade e falta de resiliência na vida adulta. Encorajar independência e o prazer de fazer e terminar suas tarefas é uma parte importante do crescimento e da resiliência, que é a capacidade de lidar com as adversidades da vida.
Necessidade 05: Regras e limites apropriados fornecem uma base sólida para a formação de uma imagem realista de si mesmo, o seja, da própria identidade, além de desenvolver a capacidade de lidar com a complexidade do mundo e sua diversidade de pessoas. Limites protegem as crianças de se tornarem arrogantes e desrespeitosas. Nesse processo, é importante estabelecer princípios e comportamentos aceitáveis, mas a ideia não é envergonhar a criança ou puní-la. Regras e limites devem sempre estar a serviço das próprias crianças, e não da intolerância dos pais. Eles servem para guiar as crianças para desenvolver seus próprios princípios éticos. Trata-se muito mais do que ajudar a criança a distinguir o certo e o errado, mas de entender e respeitar os limites e necessidades do outro. Atualmente percebe-se que as crianças anseiam por limites que possam guiá-las e deixa-las seguras. As regras também não dever ser tão rígidas, a ponto de as crianças priorizarem regras em detrimento de colaboração e crescimento.
Problemas que observamos em adultos com vulnerabilidade emocional ou traumas e que não tiveram essas necessidades adequadamente atendidas: personalidade Dependente (não faz nada sozinho), Obsessiva (cheio de regras), Narcisista (acha que é o cnetro do universo), Histriônico (é o centro das atenções), Borderlline (caldeirão de emoções), Esquizóide (se isola do mundo), Anti-Social (o mundo é dos espertos), Paranóide ( todos querem me prejudicar), etc.